quinta-feira, 24 de maio de 2007

Mais resenhas - e outras coisas!


Antes de tudo, dica de exposição: Quadros, roupas e outros objetos que fazem alusão a Festa do Divino Espírito Santo estão expostos na Casa da Cultura, até o final deste mês. A entrada é gratuita, e o melhor: uma réplica do "coquinho amarelo", em tamanho real, está exposta... Pra você que sempre quis vestir a camisa - o uniforme -, dá pra se emocionar!




Hoje, dia 25 de maio, rola show ao vivo da Diamat Cover Band, com covers dos anos 70, 80 e o escambáu. Só tem fera na banda, logo, a diversão é garantida! A apresentação vai começar às 22h, no Armazen Angra. Rola um som dos Smiths, Rodrigo Porto?




Você não curte "roque/pope"? Prefere uma peça de teatro? Então tá: a partir de hoje, até domingo - dia 27 -, rola a última temporada da peça "Ih, mamãe já sabe", com o "atornalista" Júnior Dantas e Andren Alves. Estarei lá!




*Tá vendo a foto, no início do blog? O cara tá solto no mundo, né? Cuidado: ele pode invadir o seu mundo musical, logo logo. Como? Por meio de canções, belas canções.


É hora da resenha!




Daniel Cavalcanti: inventando de surpreender

Por Hugo Oliveira
Daniel Cavalcanti é um babaca. Minto. Daniel é um cantor/compositor low-profile: isso faz dele um babaca.
Escutei a demo do artista no dia 23 de maio deste ano. Estava trabalhando, e, ao acessar o site “Trama Virtual”, dei de ouvidos com cinco canções que na pior das hipóteses, vem a público para injetar duas coisas raras no atual cancioneiro mpbístico: melancolia e mistério.
Em “Ao telefone”, música e letra - compostas por Daniel, que canta e toca com segurança e emoção - caminham de mãos dadas, compartilhando do mesmo sentimento de distância e saudade, até que a ficha cai, e não vislumbramos nenhum final feliz para o casal da canção. E nem triste. Só dúvida.
O compositor, baixista e fiel escudeiro de Daniel, Cadu Correa, assina a letra de “Julia”, outro ponto alto da demo. Não sei sobre o que versa a letra, e sinceramente, não quero saber. É justamente do desconhecido que vem a beleza e o lirismo da música.
Ao compor suas canções, Daniel opta por um formato bem simples, usando apenas de violões - “Devo estar” é a única música que apresenta baixo e bateria -, o que não impede que o músico apresente composições bem trabalhadas - diferente de virtuosismo chato.
Para “O brincante e o brinquedo”, o músico recorre à letra de Bruno Ferraz, cantor e compositor angrense especialista em temas inusitados, e o resultado não poderia ser diferente. “Pouca Soja” é uma boa música, mas acaba, mesmo com o belo violão de Daniel, passando despercebida em relação às outras canções.
Daniel Cavalcanti nasceu no Rio, e está se mudando para São Paulo. Não é babaca. Nem low-profile. Ele é, por enquanto, um ilustre - músico - desconhecido, que inventou uma coleção de músicas surpreendentes.
O babaca, por não conhecê-lo antes, sou eu.

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